Desde o mais fundo de ti e ajoelhado, um menino triste, como eu, nos olha. Por essa vida que arderá em tuas veias teriam que amarrar-se nossas vidas. Por essas mãos, que de tuas mãos são filhas, teriam que matar-se as mãos tão minhas(...) Eu não o quero, Amada. Para que nada nos amarre que não nos una nada. Nem a palavra que aromou tua boca, nem o que não disseram as palavras. Nem a festa de amor que não tivemos, nem teus soluços junto da janela. (...)Amor que quer liberdade para voltar a amar. Amor divinizado vem vindo, amor divinizado que se vai. (...)Já não se encantarão meus olhos nos teus olhos já não se adoçará junto a ti minha dor. Mas até onde for levarei o teu olhar e até onde tu fores levarás minha dor. Fui teu e foste minha. Mais? Juntos fizemos um desvio no caminho onde o amor passou. Fui teu e foste minha. Serás do que te ame, do que colha no teu horto (P. NERUDA) |